Evento acontecerá em julho na cidade de Campinas e permanece com inscrições abertas para os interessados, com prazo para envio das amostras do produto até o dia 20 de junho.
Texto: Mariana Camba – Inova Unicamp | Fotos: Evelyn Araújo - Divulgação
A 4ª edição da Copa Brasileira de Lúpulos vai acontecer pelo terceiro ano consecutivo em Campinas, no dia 12 de julho. O evento promove uma competição saudável entre os produtores de lúpulo no Brasil, com o intuito de incentivar e fomentar o mercado e a cultura nacional do produto – além de identificar os melhores lúpulos cultivados em solo brasileiro, em meio às suas variedades. Através do encontro, há a aproximação dos produtores e cervejeiros, que juntos evidenciam os avanços que acompanham o setor e a projeção de novos negócios.
A ação conta com a organização da empresa graduada na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp) e sediada no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, Kalamazoo Natural Solutions, em parceria com o coordenador da Escola Superior de Cerveja e Malte, Duan Ceola.
O evento terá o local e horário definidos até o final de maio, e a candidatura dos participantes na competição deve ser realizada até o dia 20 de junho, data limite para o envio das amostras. Os interessados devem se inscrever através do site (https://www.copadolupulo.com/).
A expectativa da equipe organizadora é a de superar o número de lúpulos inscritos na edição de 2024, que registrou em torno de 80 amostras, de 15 variedades – o que torna a Copa Brasileira de Lúpulos o evento com a maior quantidade de participantes e amostras do produto, no Hemisfério Sul, segundo seus organizadores.
Conheça mais sobre a competição
A competição avalia os lúpulos em três categorias. A primeira delas é a avaliação química - que analisa o marcador de qualidade do amargor do lúpulo - e que consiste em 40% da nota final. Os responsáveis pela avaliação deste quesito serão os sócios fundadores da Kalamazoo Natural Solutions e egressos da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, Aureliano Meirelles e Manuel Barrales.
O segundo critério é a análise sensorial, que evidencia o aroma do produto a partir da moagem do lúpulo e a obtenção dos óleos essenciais característicos, e que vai garantir 50% da nota final. Além desta, há a avaliação visual que considera a aparência da amostra, como a coloração - o verde característico do lúpulo - e o grau de processamento do produto. Esta última irá compor 10% da nota final. Os jurados destas duas últimas etapas serão 30 cervejeiros convidados de diferentes regiões do país - sendo aproximadamente 50% deles, integrantes do Polo Cervejeiro da Região Metropolitana de Campinas.
Os competidores serão avaliados em grupos diferentes, de acordo com cada variedade de lúpulo. Cada grupo terá ao final três ganhadores – do primeiro ao terceiro lugar - além da competição geral de a fazenda com mais amostras vencedoras ao término da cerimônia.
A premissa do evento é promover um encontro entre os produtores de lúpulos e os integrantes de mercado cervejeiro, como fomento do consumo do lúpulo cultivado em solo brasileiro. Como prática deste ideal, durante a cerimônia final serão disponibilizadas cervejas artesanais feitas exclusivamente com lúpulo nacional.
Empresa-filha da Unicamp, que participa da organização da Copa Nacional de Lúpulos, reconhece suporte da Unicamp como diferencial no mercado
A Kalamazoo Natural Solutions é uma empresa-filha da Unicamp, fundada por egressos da FEA, que permaneceu durante três anos no processo de incubação da Incamp, até sua graduação. A empresa atua na cadeia do lúpulo nacional e foi fundada em 2020. Com menos de cinco anos em atividade, a startup vem ganhando destaque em sua atuação no mercado, se estabelece na organização do maior evento de lúpulos do Hemisfério Sul e permanece instalada no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp.
Segundo um dos sócios fundadores, Aureliano Meirelles, o ecossistema da Incamp e do Parque da Unicamp foram fundamentais para o desenvolvimento e alcance do potencial de mercado da empresa. “Nós, como egressos da Unicamp, temos a bagagem acadêmica e garantimos a parte de desenvolvimento de processos. Mas as demais necessidades de uma empresa, como a organização, gestão financeira, pessoal e de recursos, nós aprendemos durante o período de incubação na Incamp.” As palestras, mentorias e suporte técnico, acrescentou, foram fundamentais para o sucesso e diferencial da Kalamazoo no segmento em que ela atua.
Meirelles evidenciou que a empresa, mesmo com o crescimento em seu campo de atuação, permanece residente no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, devido à infraestrutura e suporte oferecidos, de maneira prática e rápida mediante à proximidade com os especialistas que atuam na unidade. “É estratégico permanecermos instalados neste ecossistema que nos formou e ajudou a atingirmos nosso potencial. Mesmo sendo egressos da FEA, os que atuam na incubadora permanecem ajudando e orientando, quando recorremos a eles.”
Sobre o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp e a Incamp
O Parque Científico e Tecnológico da Unicamp e a Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Incamp) são gerenciados pela Agência de Inovação Inova Unicamp. O Parque Científico e Tecnológico da Unicamp atua com o propósito de conectar a comunidade acadêmica ao mercado empresarial, resultando em negócios e iniciativas promissoras. A instituição é responsável por impulsionar as ideias de ingresso ao mercado, com atuação em diferentes segmentos.
A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp) atua nesse ecossistema através do Programa de Incubação, que capacita e acompanha os empreendedores e startups através de orientação e mentorias. Este é um espaço de infraestrutura e suporte, projetado para impulsionar durante até três anos a ideia de negócio, gerando conexões, aprimoramento e oportunidades. Conheça mais sobre as empresas instaladas no Parque Científico da Unicamp, incubadas e graduadas na Incamp no site do Parque da Unicamp.
