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Foto de 8 pessoas posicionadas atrás de um letreiro branco com detalhe rosa escrito "Mescla". Fim da descrição.

O convênio de cooperação prevê eventos em conjunto e facilitação para empresas do Parque da Unicamp usarem o espaço maker Mescla da PUC-Campinas para seus projetos e protótipos.

 

Texto: Kátia Kishi | Foto: Kátia Kishi

O Parque Científico e Tecnológico da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sob gestão da Agência de Inovação Inova Unicamp, tem um novo parceiro estratégico que apoiará as empresas hospedadas no Parque a desenvolverem seus protótipos. Trata-se do espaço maker Mescla da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas).

O Mescla é constituído por áreas coworking e também pelo Laboratório de Fabricação Digital (FabLab) com diversos equipamentos, como impressora 3D e cortadora a laser, que possibilita tirar do papel ideias e as tornar em protótipos físicos.

“O espaço é voltado, em primeiro momento, aos alunos da PUC-Campinas produzirem seus protótipos, além do open day para a comunidade externa agendar e utilizar o espaço. O que esse convênio de colaboração prevê de diferente, e que é o primeiro com outra universidade, é que as empresas do Parque da Unicamp podem utilizar o espaço para projetos com uma tabela de serviço e uso diferenciada, unindo os alunos às demandas do mercado e agilizando a inovação com o protótipo dessas empresas nas mãos”, explica a gerente de inovação da PUC-Campinas, Diane Teo de Moraes, sobre parceria.

As empresas poderão utilizar desde os programas de computador para desenhar esses protótipos até sua confecção em diferentes materiais como acrílico, MDF, plásticos para 3D e diferentes circuitos. O laboratório também incentiva o uso de material de reciclagem em sua produção.

O potencial dessa parceria é avaliado positivamente pela gerente do Parque e da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp), Mariana Zanatta Inglez. Ela explica que é importante para as empresas hospedadas no Parque que se tenha parcerias estratégicas para alavancarem seus negócios e também para todo ecossistema de inovação de Campinas:

“Um dos objetivos dessa parceria é aproximar cada vez mais duas grandes universidades da Região Metropolitana de Campinas que são vizinhas, compartilhando conhecimentos em eventos, que vamos promover em conjunto, e também especialidades diferentes que fortaleçam o ecossistema da região”, comenta Zanatta Inglez sobre o convênio.

 

Protótipos das empresas do Parque da Unicamp podem ser feitas no Mescla

As empresas hospedadas no Parque da Unicamp são dos mais variados setores, sendo que muitas delas necessitam desses espaços de cocriação e de prototipagem para seus produtos mínimos viáveis (MVP) serem testados e colocados no mercado.

Entre essas empresas, está a startup hospedada no Parque e graduada pela Incamp Homebook, que tem entre seus serviços uma portaria robótica:

“De forma prática, nossa startup tem demandas para hardwares. Trabalhamos com robótica tanto da parte eletrônica, de programação, mas também de estrutura física como engrenagens e motores. Nosso desafio hoje é fazer a estrutura, que pode ser desenvolvida no espaço Mescla. Por exemplo, em vez de já usar aço na estrutura, podemos usar MDF para termos essa concepção física em testes. Ou seja, vamos reduzir tempo e custo para fazer um protótipo”, comenta Alcino Vilela, fundador da Homebook.

Empresas com longa trajetória no mercado também avaliam positivamente a parceria. A Neger Telecom, que está no Parque com projeto de pesquisa colaborativa com a Unicamp, tem soluções como bloqueadores de sinal de celular e de drones e, hoje, está no processo de desenvolvimento de novos produtos que demandam prototipagem.

“Temos dificuldade em fazer protótipos, que são as carcaças de nossos produtos. Normalmente, fazemos protótipos com carcaças padrões do mercado, o que acaba nos limitando. Com o Mescla, temos a oportunidade de fazer a prototipagem com novo design e com parâmetro técnico para uma melhor eficiência do nosso produto. E, a partir dele, direcionar melhor para os nossos fornecedores o que queremos para o equipamento”, explica Elder Oliveira, engenheiro da Neger Telecom.

Os projetos de cada empresa serão avaliados caso a caso pela equipe do Mescla. Além do uso do espaço e seus equipamentos, por questão de segurança, está incluso o acompanhamento de um técnico em todos os processos, sendo que para o uso de alguns equipamentos é necessário treinamento. A empresa que desenvolverá o projeto se responsabilizará em levar os insumos para o espaço, exceto alguns específicos que terão um custo adicional de uso, mantendo assim um controle da qualidade do insumo usado no Mescla.