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Foto de homem branco de cabelos encaracolados, veste terno preto e tem um cordão amarelo com um crachá branco ao redor do pescoço. Ele segura um microfone e está em frente a um painel com cores escuras onde aparece o nome do evento Eurosatory 2022. Fim da descrição.
 

A NEGER TELECOM, empresa de base tecnológica instalada no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, que atua na área de engenharia de radiofrequência, lançou produtos alinhados com os novos conceitos de guerra eletrônica urbana na Eurosatory 2022 – a mais importante feira do segmento de defesa e segurança do mundo, que acontece de 13 a 17 de junho em Paris, na França.

A NEGER será uma das empresas presentes no pavilhão brasileiro e fará uma apresentação no congresso internacional do evento sobre tecnologias antidrone e de bloqueio ultraconfinado de sinais de radiocomunicações em ambientes urbanos densos.

“Equipamentos sofisticados de guerra eletrônica, geralmente usados em conflitos entre países, pouco ou quase nada podem fazer para conter ações ofensivas de dispositivos civis em áreas urbanas densas. Nossos sistemas possuem tecnologias eficientes e adequadas para esse contexto de aplicação”, afirma Eduardo Neger, diretor de Engenharia da empresa e conselheiro do grupo Unicamp Ventures.

No evento, a empresa apresentará linhas de sistemas que abrangem os três segmentos de medidas da guerra eletrônica: inteligência de sinais, contramedidas eletrônicas e medidas de proteção eletrônica. “Nossa trajetória no desenvolvimento de produtos para resolver questões bastante peculiares de segurança pública no Brasil nos capacita hoje com um portfólio consistente para fazer frente às novas ameaças tecnológicas que surgem nos conflitos urbanos”, destaca Neger.

A linha de Contramedidas Eletrônicas (ECM – Electronic Countermeasures) aplica técnicas de ultra confinamento (Ultra-Confined Jamming), um conceito inovador criado pela engenharia da empresa.  Foi criada a partir de produtos desenvolvidos para atender demandas de segurança pública e privada. As versões para bloqueio de comunicação sem fio em ambientes confinados, por exemplo, são usadas em 40 presídios brasileiros, muitos deles localizados em grandes cidades. “A tecnologia cobre todo o espectro de comunicações móveis, incluindo as novas faixas de 5G, sem gerar qualquer interferência fora do perímetro. Por isso, nos tornamos referência mundial em confinamento de sinais interferentes em áreas urbanas densas”, explica Neger.

Outra versão dessa linha é voltada para o bloqueio de VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados), com foco em drones de uso recreativo e comercial. A preocupação com o crescente uso criminoso de drones no Brasil, seja no planejamento ou na execução de roubos – o chamado “novo cangaço”, contrabando em presídios ou violação de privacidade, demandou da equipe da NEGER o desenvolvimento do serviço DroneControl®, para alerta, detecção e rastreamento de drones hostis e seus pilotos.

“Em 2019, o sistema teve sua performance colocada à prova nos ensaios junto à Força Aérea Brasileira e no Canal do Panamá, operando em áreas urbanas sem gerar qualquer tipo de perturbação aos sistemas de telecomunicações adjacentes”, destaca Neger. O DroneControl® já demonstrou sua eficiência nos principais aeroportos brasileiros, mineradoras e centros de logística segura.

Já a preocupação com fraudes através do uso de pontos eletrônicos em vestibulares e concursos resultou no serviço Expectra, que monitora o uso indevido de celulares e já integra o ferramental de segurança de concorridos processos seletivos no país.

Esses serviços deram vida à linha de Inteligência de Sinais (SIGINT – Signals Intelligence) focada no monitoramento perimetral de dispositivos com comunicação sem fio, como celulares e drones comerciais. “Seu baixo custo permite a massificação de sensores espectrais, em um cenário no qual equipamentos civis convencionais podem se tornar ameaças à segurança, como, por exemplo, o uso de artefatos explosivos improvisados [IED – Improvised Explosive Device]”, explica Neger.

No Brasil, quadrilhas que promovem roubo de cargas, veículos e transportadoras de valores têm se utilizado de bloqueadores de sinais celulares e de GPS ilegais, o chamado “capetinha”, para inibir o funcionamento de rastreadores e sistemas de alarme monitorados. “Para contra-atacar este tipo de ação, desenvolvemos sensores que detectam a presença de bloqueadores e emitem alertas com comunicação imune à sua interferência. Hoje, eles são utilizados em áreas de segurança, carros-fortes, caminhões, aeronaves de transporte de valores e por forças policiais rodoviárias”, conta Neger.

Foi a partir desses produtos que surgiu a linha de Medidas de Proteção Eletrônica (ECCM – Electronic Counter-Countermeasures), compondo os compactos sensores ativos com comunicação à prova de bloqueio (Anti-jam Technology). “Seu baixo custo também permite a massificação dos sensores espectrais, fornecendo informações preciosas de inteligência que possibilitam se antecipar às ações de ataque.”

Matéria original publicada no Portal BIDS.