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O estande do Parque da Unicamp tem o logotipo do Parque em cores verdes, uma bancada com a frase conheça o ecossistema da Unicamp, e dois banners das empresas Biopreocess e Neger. Nele estão dois homens brancos e uma mulher de origem asiática. Fim da descrição.

Ecossistema empreendedor da Universidade foi apresentado na feira internacional de bioenergia. As empresas Bioprocess e Neger, hospedadas no Parque, também mostraram soluções inovadoras alinhadas ao setor.

 

Texto: Ana Paula Palazi | Foto de capa: Caroline Roxo - Inova Unicamp

O Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, gerenciado pela Agência de Inovação Inova Unicamp, marcou presença na 28ª Fenasucro & Agrocana, realizada entre os dias 16 e 19 de agosto, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, região de Ribeirão Preto. No estande, os participantes do evento puderam conhecer sobre o ecossistema empreendedor da Unicamp e as oportunidades de conexão com a Universidade Estadual de Campinas e as empresas instaladas no Parque.

A participação contou ainda com a presença de duas empresas-filhas da Unicamp, que apresentaram soluções inovadoras, alinhadas com a temática da feira, considerada um dos maiores eventos de bioenergia do mundo. A Bioprocess Improvement e a Neger Telecom são exemplos de negócios baseados em pesquisa, desenvolvimento e inovação, que fazem parte do ecossistema da Unicamp e aproveitam dos diversos benefícios dessa proximidade com a Universidade.

“A feira é uma ótima oportunidade para mostrar as possibilidades de pesquisa e parcerias com a Unicamp, aproximando o Parque Científico e Tecnológico da Universidade do setor agroindustrial, além de uma oportunidade para as empresas nascentes e instaladas em nosso ecossistema se aproximarem desse mercado crescente e importante do país”, afirmou Mariana Zanatta Inglez, gerente do Parque Científico e Tecnológico e da Incubadora da Unicamp.

Atualmente, 41 empresas estão hospedadas nos seis prédios que compõem o complexo do Parque dentro do principal campus da Unicamp, em Campinas. O projeto de expansão, contemplado recentemente com um financiamento não-reembolsável da FINEP prevê a construção do sétimo prédio. O projeto pretende mais do que dobrar a capacidade de instalação de startups no Parque da Unicamp, e também capacitar as empresas em internacionalização e em boas práticas ambientais, sociais e de governança, conhecidas pela sigla em inglês ESG.

Bioprocess: Otimização de processos industriais

Homem branco, de cabelos grisalhos e camisa azul clara, mexe em computador de mesa que está logado na página da Bioprocess Improvement. Fim da descrição.A startup fundada em 2018 por ex-alunos da Unicamp e incubada na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp) possui ainda, em seu portfólio, dois serviços que otimizam processos industriais com uso de inteligência artificial. A prototipagem virtual simula processos, como análise de desgaste e análise térmica, sem depender da construção de protótipos físicos. Já os sensores virtuais desenvolvidos pela empresa ajudam a predizer condições que só seriam possíveis com equipamentos de alto custo.

Com um coquetel antibacteriano biológico, a Bioprocess Improvement apresenta uma alternativa verde aos antibióticos químicos, para redução das perdas em processos fermentativos e descontaminação ambiental. O produto atraiu a atenção de empresas do setor sucroenergético, pois torna possível a comercialização, por exemplo, de subprodutos da produção do etanol para consumo animal. É o caso das leveduras secas, que não podem ser usadas em rações se apresentarem traços de antibióticos ou metais pesados.

“Essa é a nossa primeira experiência em feiras e a percepção foi muito positiva. Vários contatos foram estabelecidos e prometem acelerar o crescimento da Bioprocess Improvement. Algumas pessoas se mostraram bastante interessadas em utilizar nossas soluções, outras em sinergias de produtos e até na representação comercial. Esses contatos foram viabilizados pela parceria que temos com a Incubadora da Unicamp que nos permite acesso a programas, mentorias e encontros, como esse”, comenta Marcelo Ventura Rubio, cofundador da startup.

Neger Telecom e a conectividade rural

Foto em área externa mostra equipamento RuralMax, uma caixa retangular branca com o logotipo vermelho da Neger Telecom. Ao fundo uma estrada de terra e uma área arborizada. Fim da descrição.
RuralMax conecta áreas rurais e remotas. Crédito: Divulgação.

Outra empresa presente no estande do Parque na feira internacional de bioenergia é a empresa-filha da Unicamp, Neger Telecom, que está hospedada no Parque para desenvolver um convênio de Pesquisa e Desenvolvimento com a Unversidade. Ela levou como destaque a solução RuralMAX, um equipamento recém-lançado no mercado indicado para regiões de deserto de conectividade, como áreas rurais e remotas.

O sistema capta sinal das redes celulares com velocidade de até 150 Mbps, mesmo em locais com baixo sinal ou instável, e amplifica para estabelecer uma rede eficiente de internet. O aparelho tem fácil instalação e não depende da presença de especialistas, pois já vem com antena, amplificador, modem e roteador embutidos.

“Apesar dos índices de sinal das áreas rurais serem bastante fracos, melhoramos ao ponto da experiência do usuário ser ótima, permitindo que todo serviço de Internet das Coisas (IoT), telecomunicações, segurança interna e até a parte de entretenimento sejam feitos com eficiência. O equipamento é voltado para grandes desafios das empresas, mas pode ser utilizado para qualquer forma de comunicação rural que as pessoas do campo precisem”, explica Elder Oliveira, coordenador de sistemas de radiofrequência da Neger Telecom.

A Neger Telecom é uma empresa que atua em engenharia de radiofrequência aplicada a diversas áreas. “Temos uma sinergia muito forte com esse setor de cana, álcool e açúcar. Participar da Fenasucro, juntamente com o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, nos dá visibilidade e permite muitas conversas, que se converterão em negócios futuros”, diz Oliveira. Além da conectividade para áreas rurais e regiões remotas, a empresa trabalha com bloqueio de sinais celulares para presídios e detecção de drones para aeroportos.