Texto: André Gobi - Inova Unicamp | Foto: Pedro Amatuzzi - Inova Unicamp
A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Incamp), que integra o Parque Científico e Tecnológico da Universidade sob gestão da Agência de Inovação Inova Unicamp, foi credenciada pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação (CATI). A resolução do credenciamento foi publicada no Diário Oficial da União no dia 25 de novembro.
O credenciamento abre novas possibilidades de parcerias para os empreendimentos incubados na Incamp, uma vez que somente institutos credenciados junto ao CATI podem prestar serviços de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação para grandes empresas que se beneficiam da Lei da Informática (Lei nº 8.248/1991).
De acordo com Vital Yasumaru, supervisor de empreendedorismo na Inova Unicamp e da Incamp, além de abrir novas oportunidades para as empresas incubadas, o credenciamento também reforça a qualidade da Incubadora, que possui a certificação máxima (nível 4) do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne), além de ser credenciada também pela Rede Paulista de Incubadoras de empresas de base tecnológica (RPITec).
"Os empreendimentos incubados na Incamp, agora, podem se beneficiar de incentivos da Lei da Informática para que, ainda mais, desenvolvam pesquisas e tecnologia nacional de ponta e também tenham acesso a mais programas de apoio financeiro e de fomento. Este credenciamento é um marco importante que atesta a qualidade da Incubadora da Unicamp, que também é certificada pelo Cerne, mostrando nosso foco em qualidade e compromisso na geração de empresas de alta tecnologia", declarou Yasumaru.
Outra vantagem, segundo o supervisor da Incamp, é o reconhecimento que a Incubadora e os empreendimentos incubados recebem do mercado graças ao credenciamento.
“No estado de São Paulo existem apenas três incubadoras credenciadas no CATI que também são detentoras da certificação máxima do Cerne, e a Incubadora da Unicamp, sob gestão da Inova, é uma delas. É um grande diferencial que pode trazer novas parcerias aos incubados na Incamp”, destaca Yasumaru.
O papel do CATI na pesquisa nacional
O CATI é um órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) composto por representantes do governo, instituições de fomento à pesquisa e inovação, comunidade científica e setor empresarial. Suas atividades estão relacionadas à gestão dos recursos destinados às atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação, oriundos dos investimentos realizados pelas empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática e automação que obtiveram benefícios fiscais previstos na Lei da Informática .
As atividades desenvolvidas pelo CATI têm papel importante para a alavancagem da pesquisa, inovação e uso estratégico da tecnologia no país, desta forma o credenciamento pode abrir novas possibilidades de parcerias na área de tecnologia da informação para os empreendimentos incubados na Incamp.
Ao todo, a Unicamp possui seis instituições credenciadas no CATI. Além da Incamp, são credenciados cinco institutos de pesquisa: Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM), Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC), Instituto de Computação (IC), Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), e o Centro de Estudos de Energia e Petróleo (CEPETRO).
Sobre o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp
O Parque Científico e Tecnológico da Unicamp é gerenciado pela Inova Unicamp e trabalha na promoção de ambientes que geram conexões que reverberam em novos negócios e parcerias. Essa grande rede de talentos funciona como catalisadora de novas ideias e negócios, criando um importante elo entre o ambiente acadêmico e o mercado, e facilitando a colaboração com Unicamp.
A Incamp integra esse ecossistema por meio de seu Programa de Incubação de empresas, que oferece apoio e mentoria de profissionais, além de oportunidades de networking, por até três anos.
Em 2023, o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp atingiu a marca inédita de 60 empresas instaladas e incubadas em seu ecossistema. Além de 23 startups, se hospedam no Parque sete laboratórios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de grandes empresas.