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Foto posada dos participantes do congresso FGKD. Ao total são oito pessoas, em pé, olhando para a foto. Eles encontram-se em ambiente aberto, em frente à placa do Prédio Vértice, no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp.
Evento organizado pelo Centro de Estudos sobre Urbanização para o Conhecimento e a Inovação abordou parques tecnológicos

Texto: Isabele Scavassa - Inova Unicamp | Foto de capa: Roberto Marins - Inova Unicamp

O Parque Científico e Tecnológico da Unicamp integrou, na última semana, a agenda do 4th Generation Knowledge Districts (FGKD) – Distritos do Conhecimento de Quarta Geração, em português. O evento que distribuiu atividades numa programação de dois dias foi organizado pelo Centro de Estudos sobre Urbanização para o Conhecimento e a Inovação (CEUCI), da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 

O principal tema do congresso foi “Território do conhecimento”, conceito recente que tem como objetivo ampliar a dinâmica empregada atualmente nos parques tecnológicos. No destaque das discussões, consta a ampliação dos agentes envolvidos neste cenário que, em breve, devem agregar sociedade e meio ambiente, no quadro composto hoje por poder público, setor privado e universidade.

O CEUCI, responsável pela organização, é uma repartição criada em 2022, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que tem como primeiro estudo de caso o projeto do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS). Ainda em fase de implementação, o espaço agregará, no futuro, os cinco pilares indicados no tema do congresso

Congresso na Unicamp aborda parques tecnológicos

A agenda do FGKD 2024 contemplou apresentação de artigos e pôsteres científicos aprovados no processo seletivo, mesas de políticas públicas, sessões plenárias e o lançamento da Rede TC4, parceria que visa conectar municípios com interesse no desenvolvimento de territórios do conhecimento de 4ª Geração no país.

Muito além da parte teórica, o congresso buscou otimizar a aplicação dos conteúdos em oficinas e visitas técnicas. Participantes interessados puderam conhecer o Sirius, acelerador de partículas, a Horta comunitária Jardim Florence, a Mata Santa Genebra e o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp

No primeiro dia de evento, na sexta-feira, o público conheceu o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, espaço dedicado ao empreendedorismo de base científica e tecnológica na Universidade, e também assistiram uma palestra ministrada pela Coordenadora de Ambientes de Inovação da Inova Unicamp, Mariana Zanatta Inglez. A agenda seguiu com visita aos espaços de trabalho da Autocoat e da ProFusion, no Prédio Vértice. 

Participantes do congresso em visita à Autocoat | Foto: Roberto Martins - Inova Unicamp

Da teoria à prática 

A área de painelistas do evento contou com nomes de destaque no tema de territórios de conhecimento, incluindo Laura Monastério, da Associação Internacional de Parques Científicos (IASP). Em um primeiro momento da exposição, ela detalhou a atuação da instituição em apresentação no Prédio Vértice, também no Parque da Unicamp. 

A parte prática da oficina conferida por Monastério incluiu um pincelamento do estrategigrama, metodologia desenvolvida pela IASP e que permite compreender e comparar as estratégias adotadas em parques tecnológicos para compreender indicadores desde a concepção, a estrutura de instalação, inclusive os níveis de maturação.

IASP no Prédio Anexo do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp 

A oficina aplicada aos participantes do congresso estendeu-se, na última quarta-feira (22), à equipe do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp (PCTU). Em atividade exclusiva, Monastério aplicou a metodologia do estrategigrama, agora com dados específicos sobre o Parque, para metrificar e entender a posição do PCTU atualmente. 

Equipe do Parque Científico e Laura Monastério, da IASP | Foto: Isadora Morcelli - Inova Unicamp

A técnica, que considera sete aspectos, permite aos parques tecnológicos construírem estratégias e planejarem mudanças a médio e longo prazo, até mesmo reposicionando fortemente as suas maneiras de atuação. 

Os itens avaliados contemplam: localização; uso da tecnologia (criadora ou utilizadora de tecnologia); estímulo para criação de empresas ou desenvolvimento de empresas existentes; foco num ramo empresarial específico ou na diversidade de áreas; escolha de empresas locais ou aproximação de empresas de outras regiões/países; modo como avaliar a utilização do trabalho em rede e networking nos parques; e modo como escolher o melhor modelo de gestão e governança desses centros tecnológicos. 

“Minha experiência no congresso internacional FGKD 2024, organizado pelo CEUCI, sobre distritos de conhecimento foi muito boa. Os palestrantes convidados são inspiradores e pude ter acesso a muita informação e boas práticas. Também tive a oportunidade de fazer esse workshop no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp e acho que também foi interessante para eles”, comenta Monastério sobre sua participação nos eventos da última semana. 

Internacionalização do Parque Científico e Tecnológico

A parceria entre IASP e Parque Científico e Tecnológico da Unicamp foi firmada em 2023, visando a ampliação das ações de internacionalização do espaço. De modo geral, a conexão tem otimizado a visibilidade do Parque da Unicamp e busca, no futuro, ampliar networking e aumento de oportunidades para o ecossistema.

Para conhecer mais sobre o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, basta acessar a página nas abas sobre a organização do espaço e sua estrutura física