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Texto e fotos: Carolina Octaviano

Em 2015, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) obteve um número recorde de projetos aprovados no Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) Fapesp, que busca fomentar a pesquisa inovadora em empresas de pequeno porte. Só em 2015, nas três chamadas, 113 projetos foram selecionados pela Fundação. Embora os números sejam animadores, Sérgio Queiroz, coordenador adjunto de Pesquisa para Inovação da Fapesp e professor do Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT) do Instituto de Geociências da Unicamp, revelou, durante palestra realizada no último dia 25 de maio, no auditório da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp), que a Fapesp busca ampliar ainda mais a presença do programa em todo o estado.

“Observamos uma concentração de projetos nas cidades de Campinas, São Paulo, São Carlos, Ribeirão Preto e São José dos Campos. Há um esforço grande para espalhar o PIPE pelo estado”, corrobora Queiroz. Lançado em 1997, o PIPE já apoiou um total de 1.461 projetos em 120 cidades do Estado de São Paulo e em distintas áreas de pesquisa, de biocombustíveis a softwares, de nanotecnologia a tecnologias na área médica. “O PIPE já tem 19 anos e tem como objetivo aumentar a competitividade das pequenas empresas e criar uma cultura de inovação permanente nestas. A pesquisa tecnológica implica em riscos e incertezas, mas a Fapesp está disposta a correr este risco”, pontua.

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A palestra ministrada por Queiroz foi dividida em: apresentação das características do sistema de inovação do estado, a atuação da Fapesp e os programas voltados para inovação – no qual o PIPE se insere. Logo no início da palestra, o professor do DPCT traçou um comparativo entre os gastos com P&D em São Paulo e no restante do país. “1,2% do PIB brasileiro é gasto com pesquisa e desenvolvimento. Já o estado de São Paulo está um pouco acima desse valor, investindo 1,6% em P&D. As empresas são um agente atuante no esforço em P&D, que é muito diferente do restante do país”, argumenta.

Queiroz mencionou ainda a importância de empreendedores perseverarem na busca por fomento e aporte financeiro para realização de pesquisas. Para isso, ele citou como exemplo o case da I-Systems, empresa-filha da Unicamp, que teve o projeto aprovado na segunda tentativa. “Um caso que gosto de mencionar é o da I-Systems, que soube aproveitar o feedback e as orientações dadas pelos avaliadores do PIPE, após terem o projeto negado na primeira submissão”, explica. A empresa, que teve a proposta aprovada na chamada de 2009 e desenvolveu um sistema capaz de aumentar a produtividade de processos industriais, também é conhecida por ter sido a primeira a receber aporte do Fundo Pitanga de investimentos.

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O professor Milton Mori, diretor-executivo da Agência de Inovação Inova, realizou a abertura do evento e comentou sobre os números alcançados pelas empresas-filhas da Unicamp e sua importância o ecossistema de empreendedorismo, inovação da região e reiterou a importância do trabalho da Fapesp como suporte para as startups e empresas inovadoras. “Este contato com a Fapesp é muito importante. Eu estive recentemente na Fundação e pude ver de perto o trabalho realizado pelas empresas que receberam aporte do PIPE”, comenta Mori.

Fases do PIPE

Durante apresentação, o coordenador adjunto de Pesquisa para Inovação da Fapesp abordou a diferença entre as fases do programa. A Fase 1, que oferece recurso de até R$200 mil por projeto e tem duração de 9 meses, é a ocasião de testar a ideia e avaliar a viabilidade técnica e econômica do projeto. Já a Fase 2, tem investimento de até 1 milhão de reais e duração de até dois anos, é a etapa de execução do projeto. “Esporadicamente, a Fapesp lança a fase 3, que é voltada para a certificação do produto”, aponta.

Para saber mais sobre o PIPE, acesse: http://www.fapesp.br/pipe/

Conheça o trabalho da Fapesp em: http://www.fapesp.br/