Texto: Daniella Orsi
Fotografia: Divulgação
Daniel Duft, sócio-fundador da Geocrop, em apresentação do evento Inova Campinas 2015
Ao identificarem uma lacuna entre as tecnologias ultrapassadas oferecidas no mercado agrícola e as mais avançadas que poderiam oferecer, dois estudantes de engenharia agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vislumbraram uma oportunidade de empreendimento. Os sócios Daniel Garbellini Duft e Marcos Takumi Okuno se conheceram na FEAGRI, Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp. A ideia da empresa surgiu dentro do laboratório de geoprocessamento.
Porém, foi somente durante a disciplina de empreendedorismo “Introdução ao Planejamento e Desenvolvimento de Novos Empreendimentos”, que utiliza a metodologia “Bota pra Fazer”, da Unicamp, que a empresa Geocrop nasceu. A seguir, após a competição “Liga dos Campeões”, da Endeavor Brasil, da qual foram finalistas, a empresa foi encaminhada para o processo de pré-incubação na Incamp (Incubadora de Base Tecnológica da Unicamp).
Hoje a Geocrop está incubada na Incamp. E entre a pré-incubação e o momento atual, a empresa mudou seu foco: de geoprocessamento para inteligência agrícola. Segundo Daniel Garbellini Duft, 28 anos, a Incamp lhes permitiu entender o mundo dos negócios.
Confira a seguir a entrevista realizada com Duft, um dos membros da startup.
[Inova Unicamp] Como surgiu a ideia de abrir a empresa? Como os sócios se conheceram? Quais foram as suas motivações?
A empresa surgiu de dentro do laboratório de geoprocessamento da FEAGRI. Ao perceber que havia uma lacuna de tecnologias no mercado e, aquelas que eram adotadas ainda eram resquícios dos anos 70, eu e mais três colegas resolvemos tentar empreender nesta área.
A empresa nasceu na disciplina de empreendedorismo do “Bota Pra Fazer”, na UNICAMP, e, no mesmo ano, fomos finalistas da Liga dos Campeões da Endeavor Brasil. A empresa participou da pré-incubação na INCAMP e logo em seguida e, devido a alguns problemas, a sociedade foi diluída. Naquele momento, a empresa precisava de um novo rumo e, nesse sentido, um novo sócio (Marcos Okuno) entrou na Geocrop e o foco tornou-se Inteligência Agrícola - não somente geoprocessamento, como anteriormente.
[Inova Unicamp] Por que escolheram empreender?
Escolhemos empreender ao vislumbrarmos no empreendedorismo uma oportunidade de mercado. Além disso, entendemos que a inovação dentro de grandes empresas no mercado agrícola é muito demorada. Como nosso perfil é inovador, precisávamos criar.
[Inova Unicamp] Quais os desafios encontrados antes do processo de incubação? Por que escolheram a Incamp?
Escolhemos a Incamp devido ao desafio de entender o mercado. A Incamp auxilia nessa tradução.
[Inova Unicamp] Qual oportunidade, proporcionada pela Incamp, trouxe benefícios para o seu negócio?
Ainda não tivemos nada diretamente, mas com certeza indiretamente trouxe muitos benefícios pelo fato do crescimento pessoal dos empreendedores ser potencializado pela INCAMP todos os dias..
[Inova Unicamp] Como é o mercado em que atuam? Quais os desafios de empreender nesse segmento?
O mercado em que atuamos é conservador e de difícil penetração, porém, depois de adquirir o primeiro cliente os demais vão aderindo por influência positiva e confiança na maturidade empreendedora.
[Inova Unicamp] Quais produtos vocês oferecem?
Oferecemos um monitor de potencial produtivo, análises ambientais, geoauditorias para o setor bancário e geomarketing rural.
[Inova Unicamp] Qual o principal diferencial competitivo de sua empresa?
Somos mais flexíveis, temos tecnologia mais avançada que os concorrentes e entregamos com maior agilidade.
[Inova Unicamp] Quais são os seus planos para o futuro? Quais serão os próximos passos?
Desejamos conquistar uma maior fatia do mercado e investir em outras culturas ainda no Brasil.
[Inova Unicamp] Qual seria sua recomendação para outros empreendedores, que também estão iniciando seus negócios?
Resiliência e foco: são a chave do sucesso.