Douglas Eduardo Almeida, consultor do Sebrae São Paulo, frisa que, mesmo com a grande demanda por investimentos para projetos inovadores, ainda há disponível, em fundos de investimento, uma quantia elevada de crédito para startups. “No nosso fundo de investimento, disponível em parceria com a Desenvolve SP tínhamos disponível 100 milhões, mas só investimos 32. Faltam bons projetos”, aponta. Ele considera que o fenômeno ocorre porque, de fato, há poucos projetos realmente atraentes aos olhos dos investidores. “Façam uma análise do projeto a ser desenvolvido e vejam se não há nada semelhante ou igual no mercado”, sugere.
Almeida traçou, em treinamento realizado no último dia 9 no auditório da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp), um caminho para que os empreendedores e membros de empresas incubadas ou em fase de pré-incubação conquistem o crédito disponível para alavancarem seus negócios. Além disso, abordou também o perfil das empresas pretendidas por fundos, os vários tipos de fundo de investimento para startups – dentre as quais se destacam o investimento semente, investidores-anjos, venture capital e equity crowdfunding - e deu dicas sobre o desenvolvimento de um projeto robusto para captação de recursos. “Os principais pontos negativos são a existência de um mercado pequeno ou em declínio, o ´empreendedor dono da verdade´ e a alta necessidade de caixa”, elenca, lembrando que o dinheiro do investimento deve ser empregado no desenvolvimento do negócio.
Ele comentou ainda que os empreendedores devem levantar, para a elaboração do pedido de investimento, as seguintes informações: proposta de valor, produtos e serviços ofertados, modelo de negócios (Canvas), potencial de desenvolvimento, equipe, saúde financeira e projeções, necessidade de capital e uso de investimentos. “O ideal é traçar uma projeção para até 5 anos, pois a tendência é que o mercado se modifique depois desse período”, conclui.